quarta-feira, 1 de junho de 2011
Paranoid Park - 2007
Poucos cineastas conseguem filmar a juventude com a sensibilidade e o talento de Gus Van Sant.
O diretor já havia mostrado a sua habilidade ao lidar com o tema em filmes anteriores, como Mala Noche, Garotos de Programa e Elefante.
A narrativa de Paranoid Park é não-linear, como se estivéssemos acompanhando as memórias de Alex (Gabe Nevins), o personagem principal, indo e voltando aos acontecimentos conforme ele se lembra deles.
Assim como em Elefante, o elenco é composto praticamente todo de atores não profissionais, o que permite ao espectador criar uma identificação mais próxima com os personagens.
A fotografia de Christopher Doyle, usando até algumas filmagens em Super 8, é perfeita, e a trilha sonora eclética, que vai do clássico ao contry, excelente.
Van Sant parece tentar compreender a juventude através do silêncio, tentar compreender toda aquela dor invisível de uma geração.
Em suma, um filme simplesmente fantástico sobre a adolescência e sua alienação, seus medos, o tédio e aquele vazio que procuramos de alguma forma preencher para nos sentirmos livres, completos e porque não, vivos.
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